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29/05/2021

Umidade do ar chega a 30% na cidade de SP nesta sexta, metade do recomendado pela OMS

Baixa umidade é provocada por tempo seco e provoca irritação em olhos e garganta; falta de chuvas também afeta nível de reservatórios e preocupa abastecimento em SP e mais 4 estados.

A umidade do ar chegou a 30% nesta sexta-feira (28) na cidade de São Paulo, número considerado metade do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), 60%. Desde domingo não chove na capital e os índices de umidade são considerados pelos órgãos oficiais como baixíssimos e preocupantes.

Além da qualidade do ar, a falta de chuva também afeta a água. Um alerta do Sistema Nacional de Meteorologia colocou o estado de São Paulo dentre os que podem enfrentar problemas na geração de energia elétrica, por causa da estiagem na bacia do Rio Paraná.

Nas ruas, a população sente o tempo seco, com a vista irritada, garganta seca. As autoridades recomendam beber muita água.

Na última quarta-feira (26), a umidade do ar chegou a 16% na cidade.

O tempo seco aumenta a concentração de poluentes na atmosfera, que irritam nossas vias respiratórias. Quem já tem algum problema, como sinusite, rinite ou asma atrapalha ainda mais.

Segundo os especialistas, a recomendação é ingerir muita água.

"O ideal é sempre manter o corpo hidratado, tomando muita água e hidratando também as vias respiratórias, usando frequentemente o soro fisiológico no nariz e também inalações com soro fisiológico, umidecer a casa ou o quarto é sempre indicado, ou através dos umidificadores ou colocando toalhas de banho úmidas que vão fazer com que aquela água evapore, aumente a umidade do ambiente e melhor as vias respiratórias", afirma o otorrinolaringologista Jamal Azzam.

A falta de chuvas também afeta os reservatórios. O Sistema Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de emergência hídrica até setembro para São Paulo e outros quatro estados.

A falta de chuva é tão severa que pode até comprometer o fornecimento de energia. Isso porque todos os sete sistemas de abastecimento do estado estão com volume em níveis mais baixos que os de 2013, um ano antes da crise de hídrica.


Na região metropolitana, o déficit de chuvas em relação à média histórica acontece há meses, como vem sendo mostrado pelo G1.

Nesta sexta-feira (30) o Sistema Cantareira operava com menor capacidade na comparação com a mesma data do ano passado e com 2013, momento de pré-crise hídrica, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp):

  • 2021: 48%
  • 2020: 58,8%
  • 2013: 59%