Variação dos preços dos alimentos 

01/03/2022

Na Grande São Paulo, a variação dos preços dos alimentos foi de 0,92% para a classe A, com maior renda, enquanto que, para as classes de menor renda, como D e E, o impacto chegou a 1,61%, segundo pesquisa da Federação do Comércio do estado (Fecomercio) sobre o custo de vida por classe social.

Conforme o levantamento, o custo da alimentação foi o que mais subiu em janeiro de 2022, em relação a dezembro de 2021. O grupo de alimentos e bebidas pesa 30% no custo de vida para quem ganha menos - ou seja, de cada R$ 100, R$ 30 vão para alimentos nas classes D e E.


Já para o grupo de maior renda, as classes A e B, o peso dos alimentos sobre a renda é de 15,65%.


Nos últimos 12 meses, o índice de custo de vida teve aumento de mais de 10% no estado de São Paulo, segundo o levantamento.

Custo de vida por classe social

  • Impacto da variação de preços dos alimentosClasse A: 0,92%
    Classe B: 1,18%
    Classe C: 1,33%
    Classe D: 1,61%
    Classe E: 1,55%
  • Peso de alimentos e bebidas
    Classe A:15,65%
    Classe E: 30%

Preço da alface subiu 11% 

Preços dos alimentos

Os números retratam a dificuldade diária de milhares de famílias que têm dificuldades para comprar itens básicos, como arroz e feijão, pois os preços não param de subir.

Dentre os alimentos, a carne bovina (5,2%) e a alface (11%) foram as que tiveram maior alta no acumulado de 12 meses. Já o pão francês subiu 2,6% no período.


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Os custos com habitação também pesaram devido ao aumento dos aluguéis e da conta de luz. Em 12 meses, a energia elétrica acumula alta de mais de 35,9%.

"A comida tem ficado mais cara desde 2020, no inicio da pandemia, e fica mais cara principalmente para as famílias de renda mais baixa. O valor tem um peso enorme e provoca dano social, o aumento do desemprego, da inflação, do crédito mais caro... fica cada vez mais difícil essas famílias mais pobres conseguirem recompor a sua renda", diz o economista da Fecomercio Guilherme Dietze.