O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) já registrou mais de 2,1 mil casos da variante Ômicron

O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) já registrou mais de 2,1 mil casos da variante Ômicron do novo coronavírus em sua área de abrangência, que inclui os 27 Estados-membros da União Europeia, além de Islândia, Liechtenstein e Noruega.

Esta última, inclusive, lidera o ranking de contágios pela nova variante, com 1.176 diagnósticos confirmados, de um total de 2.127. Em seguida aparecem Dinamarca (268), França (130), Alemanha (101) e Bélgica (73).

As outras nações com casos da Ômicron na faixa dos dois dígitos são Países Baixos (62), Suécia (51), Portugal (49), Espanha (49), Itália (27), Estônia (26), Finlândia (20), Irlanda (20) e Áustria (17). Segundo o ECDC, uma análise preliminar mostra que 13% dos contágios pela variante estão ligados a viagens.

Além disso, todos os casos sobre os quais há informações disponíveis a respeito do estado de saúde do paciente são assintomáticos ou leves, e não há nenhuma morte ligada à Ômicron nesses 30 países europeus.

Esses números, no entanto, refletem o monitoramento genético efetuado por cada nação, e não necessariamente a real difusão da variante.

Em entrevista à ANSA, o especialista em saúde pública Walter Ricciardi, consultor do Ministério da Saúde da Itália, disse que é esperado um "forte crescimento" dos casos provocados pela Ômicron no país.

"A tendência de expansão da variante está se demonstrando análoga em todos os países, mas ainda não temos dados certos porque fazemos menos sequenciamentos genéticos que outras nações", explicou.

A Ômicron foi descoberta na África do Sul e contém dezenas de mutações na proteína spike, espécie de coroa de espinhos do coronavírus Sars-CoV-2 e na qual está baseada a maioria das vacinas disponíveis.