Saúde e infraestrutura urbana são as principais demandas ao Orçamento estadual, na região de Guará
Câmara Municipal recebeu audiência pública da Alesp no último sábado para ouvir a população
21/03/2022
Audiência Pública do Orçamento de 2023 | Daniele Oliveira - Foto: Marco Antonio Cardelino
Saúde e infraestrutura urbana foram as principais demandas solicitadas pela população à Assembleia Legislativa do Estado, no último sábado (19), durante a audiência pública para o Orçamento de 2023, no município de Guará.
Localizada a 400 km da capital paulista, próxima à divisa com o Estado de Minas Gerais, Guará faz parte da região administrativa de Franca, com uma população de cerca de 21 mil pessoas e uma área territorial de 362,183 km².
A reunião foi realizada na Câmara Municipal da cidade e contou com a participação de autoridades e da população local.
Participando em ambiente virtual, o deputado Carlos Giannazi (PSOL) reforçou a dimensão e relevância do encontro. "É muito importante a audiência pública porque o Orçamento do Estado de São Paulo é o maior do Brasil e um dos maiores da América Latina, se comparado ao Orçamento de vários países", afirmou.
Já a prefeita em exercício de Guará, Maura Moreira, definiu o encontro como "relevante" e afirmou que as audiências públicas para o Orçamento estadual do ano que vem vão impactar a vida da população dos 645 municípios de São Paulo.
O presidente da Câmara Municipal de Guará, vereador Flávio Chaud, parabenizou a iniciativa do Parlamento paulista e contou que a cidade necessita de atenção para diversos segmentos. "Guará, como todos os outros municípios, tem muitas demandas na área da saúde, moradia e geração de emprego. Quero agradecer a participação da Alesp aqui hoje", disse.
Chaud afirmou ainda que há uma proposta em andamento, com o objetivo de gerar mais empregos para a população e sanar o que vem a ser um dos problemas do município. "Temos hoje um projeto de um distrito industrial, no qual temos lutado para executar junto ao Executivo para que seja implantado o mais rápido possível. Com a ajuda do Estado, poderemos ser mais efetivos", afirmou.
Já o vereador Ronan Taffarel fez apontamentos na área da saúde e afirmou que os cidadãos de Guará dependem muito dos serviços médicos das cidades vizinhas Ribeirão Preto e Franca. Ele solicitou auxílio para que a unidade de saúde regional de Franca seja concluída com mais brevidade. "Eu quero deixar um apelo para que o mais rápido possível consigamos abrir o hospital regional de Franca, que será muito importante não só para Guará, mas para toda a região", disse.O secretário de Governo e Planejamento da cidade, Túlio Chaud, também chamou atenção para as necessidades na saúde pública da região "É de extrema importância que a Alesp venha até os municípios menores, sobretudo na efetivação de direitos constitucionais e também para implantação posterior desse Orçamento, para que atenda as demandas e políticas públicas", afirmou.
Túlio, que também é presidente da Santa Casa regional, reforçou o pedido da criação do hospital regional e acrescentou a solicitação por uma unidade de cuidados paliativos e uma de cuidados prolongados. Outro ponto levantado por ele foi para que seja revista a situação dos descontos nos salários dos servidores públicos do Estado.
Já o vereador Sérgio da Força e Luz reclamou do valor do pedágio localizado na rodovia Anhanguera entre o município de Guará e Ituverava, que de acordo com ele, é um valor alto para duas cidades tão próximas.
"Precisamos de assistência para atender a população. Nós acabamos utilizando muito as vicinais [estradas de terra] e a população de Guará utiliza no máximo 10% a rodovia Anhanguera. Quando o pedágio foi executado, não houve o planejamento necessário para levar em conta que é muito perto da cidade". Além disso, o representante solicitou a adição de uma terceira faixa na vicinal, além de sinalização e recapeamento.
O presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp, deputado Gilmaci Santos (Republicanos), que conduzia a reunião, disse que irá dialogar com o Executivo para resolver o problema. "Infelizmente a Assembleia não tem muito o que fazer [sobre o pedágio], pois é exclusividade do Executivo. Vamos marcar uma audiência com o vice-governador do Estado e levar essa demanda da vicinal para ele. Não vão tirar o pedágio, infelizmente, mas vamos resolver o problema da vicinal", disse.
Por fim, Gilmaci comemorou e chamou atenção para o superávit dos recursos empregados pelo Orçamento de 2022, que estão em andamento neste ano, promovendo a qualidade de vida dos paulistas. "O Estado de São Paulo por meio do Orçamento de 2022 teve superávit de 43 bilhões de reais, apesar da pandemia e de que tudo ficou parado. É muito dinheiro para investir", apontou.
Para participar
Para participar de uma das audiências públicas da Alesp com sugestões e reivindicações, basta se inscrever no site da Assembleia no ícone "Audiências Públicas do Orçamento". Outra alternativa é comparecer presencialmente na Câmara Municipal da região no dia da audiência, que vai seguir todas as normas de segurança contra a Covid-19. As reuniões serão transmitidas ao vivo pela Rede Alesp na TV e no Youtube. A próxima reunião será realizada na quinta, dia 24, a partir das 18h, em Presidente Prudente