A volta às aulas nas escolas de São Paulo devem ter início na próxima quarta-feira, 3 de novembro

03/11/2021

 Os alunos devem retornar às aulas presenciais, entretanto a volta não se aplica para todos.

Isso porque, alguns alunos não devem ser obrigados a retornarem ao modo presencial de ensino. Desde o retorno aos espaços físicos das escolas, as aulas têm funcionado de forma facultativa sem obrigatoriedade e permitindo que pais ou responsáveis escolhessem enviar ou não os estudantes para as escolas.

A medida alcança instituições de ensino da rede estadual, municipal e privadas. Na rede pública do estado de São Paulo são cerca de 3,5 milhões de alunos alocados em mais de 5 mil escolas.

Quem são os alunos livres da obrigatoriedade de retorno às aulas presenciais

As aulas presenciais estarão acontecendo a partir da próxima semana, entretanto o ensino remoto deve permanecer para alguns estudantes que são considerados grupos de risco, sendo eles:

  • Alunos com comorbidades, tendo idade a partir de 12 anos que não tenham completado ciclo vacinal contra a Covid-19;
  • Gestantes e puérperas;
  • Alunos menores de 12 anos que pertencem a grupos de risco para ter a Covid-19 e ou condição de saúde de maior fragilidade.

Esses alunos devem apresentar justificativa médica para serem liberados do retorno às aulas presenciais.

Os cuidados para o retorno das aulas devem ser rigorosos, exigindo obrigatoriamente o uso de máscara para alunos e funcionários.

  • SP exige retorno de 100% dos alunos
  • Volta às aulas obrigatória em São Paulo 

Em coletiva, o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, falou sobre a garantia dos cuidados. "A cidade de São Paulo, por exemplo, tem uma lei específica que regula a rede municipal, inclusive sobre obrigatoriedade" disse Rossieli.

Quem já foi vacinados

Atualmente são pelo menos 97% dos profissionais da área que concluíram o ciclo de vacina contra a Covid-19, segundo o secretário Rossieli Soares.

O estado de São Paulo iniciou a campanha de imunização em abril. Além disso, o secretário afirmou que 90% dos adolescentes entre 12 e 17 anos já tomaram ao menos a primeira dose da vacina.

Vale ressaltar que alunos entre 16 e 17 anos já podem estar procurando postos de vacinação para completar as doses da vacina contra o coronavírus, tendo em vista que o tempo de intervalo para a segunda dose foi reduzido.


Sindicato é contrário

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) considerou a medida desnecessária, descabida e perigosa.

Na avalição da Apeopesp, as escolas não têm condições de cumprir os protocolos de segurança contra a Covid.

O sindicato ainda alega que em diversas instituições não há funcionários de limpeza para garantir a higienização das unidades.

Unesco é favorável

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) disse que apoia a volta do ensino 100% presencial e obrigatório nas escolas.

A Unesco não tem dúvidas de que este é o momento de reabrir as escolas, especialmente considerando os prejuízos do ensino à distância na aprendizagem.

"Nada substitui o ensino presencial e sabemos que muitos alunos e famílias tiveram problemas de conectividade e nos equipamentos para o ensino hibrido. As populações vulneráveis não têm condições de comprar pacotes de dados e o suporte não foi suficientemente bem estruturado no Brasil, apesar do esforço das secretarias de Educação. A Unesco vêm alertando para a catástrofe que o ensino à distância pode causar na aprendizagem, com perdas educacionais muito expressivas, inclusive no processo cognitivo", disse Marlova Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil.

Vacinação no estado de SP

Nesta terça-feira (2), 68,26% da população do estado estava com o esquema vacinal completo, ou 87,72% da população adulta.

No total, o estado aplicou 71,9 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.

Histórico

Em setembro do ano passado, o estado retomou as aulas presenciais durante a pandemia, mas manteve um percentual limitador de 35% dos alunos matriculados por dia.

Durante a fase emergencial, em março deste ano, as instituições ficaram abertas apenas para acolhimento de crianças em situação de maior vulnerabilidade e oferta de merenda.