dislexia

16/10/2025

O deputado Paulo Câmara (PSDB) solicitou, ao Governo do Estado, a capacitação, desenvolvimento e inclusão de um Plano Estadual de Educação voltado para as crianças com dislexia na rede estadual de ensino. Através de indicação na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o parlamentar defendeu que é fundamental, na Bahia, que as crianças com dislexia recebam apoio e recursos adequados para garantir seu direito à educação de qualidade.
O documento – endereçado ao governador Jerônimo Rodrigues e à Secretaria estadual de Educação (SEC) – define a dislexia como uma dificuldade de aprendizagem que afeta a capacidade de ler, escrever e soletrar palavras, uma condição neurobiológica que pode afetar pessoas de todas as idades e níveis de inteligência. "No Brasil, estima-se que cerca de 5% a 17% da população tenham transtornos de aprendizagem como a dislexia", registrou o tucano.
Para Câmara, o Plano Estadual de Educação da Bahia deve incluir diretrizes específicas para atender às necessidades dessas crianças. Ele citou, entre outras demandas, o desenvolvimento de habilidades, para ajudá-las a superar suas dificuldades e alcançar seu potencial; e a identificação já no ato da matrícula escolar, subsidiados através de laudos ou relatórios médicos (elaborados por pediatras, psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos ou psicopedagogos).
"Na existência de queixa das famílias sobre o processo de aprendizagem do aluno, porém sem diagnóstico, a mesma deve ser informada a buscar avaliação específica", ressaltou o tucano.
Na indicação, o deputado trouxe entre as diretrizes para atendimento às crianças com dislexia: a formação específica para professores, incluindo estratégias pedagógicas e de inclusão; recursos pedagógicos específicos, como livros em formato digital e software de apoio à leitura e escrita; apoio psicopedagógico para ajudá-las no desenvolvimento da leitura, escrita e matemática básica; apoio de profissionais de terapia ocupacional para desenvolver habilidades motoras, cognitivas e sensoriais, aumentando assim a autonomia e a confiança dos alunos.
"A inclusão de diretrizes específicas para atender às necessidades das crianças com dislexia é fundamental para garantir que essas crianças recebam a educação de qualidade que merecem. É importante que o plano seja desenvolvido em parceria com profissionais da educação, famílias e organizações que trabalham com crianças com transtornos de aprendizagem", escreveu Paulo Câmara.hia".