Dia dos Namorados, dia  de São Valentim ou dia de Santo Antonio. 

12/06/2022

O Dia dos Namorados é celebrado em 12 de junho no Brasil desde 1948. A criação da data se deu após devido a uma estratégia comercial pensada pelo publicitário João Doria, pai do governador de São Paulo, João Doria Jr. Ele foi contratado pela loja Exposição Clipper para tentar alavancar a vendas em junho, mês em que costumavam ser fracas.

Na época, o pai do atual governador de São Paulo era dono de uma agência de publicidade chamada Standart Propaganda e seus serviços foram contratados por uma loja com o objetivo de aquecer suas vendas no mês de junho

Foi aí que Doria cogitou criar uma data que estimulasse o consumo, como no caso do Dia das Mães e dos Pais, que filhos presenteiam seus pais. Ele pensou, então, no Dia dos Namorados, pois, assim, os casais iriam às compras e trocariam presentes.

A escolha do dia (12) também foi estratégica. Doria pensou em um dia antes da celebração de Santo Antônio, o santo casamenteiro e um dos santos mais queridos pelos brasileiros.

Decidida a data, o publicitário criou a primeira propaganda instituindo a data como Dia dos Namorados no Brasil. O slogam era "não é só com beijos que se prova o amor".

Já no resto do mundo, sobretudo nos Estados Unidos e na Europa, o Valentine's Day (Dia de São Valentim), a história que se conta para a instituição do dia 14 de fevereiro remete a São Valentim, um padre de Roma que foi condenado à pena de morte e que enviou no dia do cumprimento de sua sentença uma carta de amor à mulher que estava apaixonado. Assim se originou a prática de mandar cartas à pessoa amada no dia 14 de fevereiro.

Valentine's Day: A história de São Valentim

Diferentemente do nosso Dia dos Namorados, o Dia de São Valentim é celebrado nos EUA e na Europa no dia 14 de fevereiro e tem uma história muito interessante e bastante antiga.

Comemorado desde o século V, o Valentine's Day ganhou este nome em homenagem a um padre de Roma, que foi executado no século III. A história conta que o então imperador da capital italiana, Cláudio II, baniu os casamentos sob o pretexto de que homens casados acabam por se tornar soldados mais fracos, uma vez que homens solteiros e sem compromissos familiares, renderiam melhor no exército.

Contrariando as ordens do monarca, Valentim acreditava que o casamento era parte do plano de Deus e que dava sentido ao mundo. Sendo assim, ele continuou realizando cerimônias matrimoniais secretos.

Não demorou muito para Cláudio II descobrir sobre o plano do padre e sentenciá-lo à morte. Entretanto, durante o período em que esteve preso, Valentim se apaixonou pela filha do carcereiro e no dia de sua execução, enviou uma carta para a moça assinando "do seu Valentim" - fato que originou a prática de enviar cartões a quem se ama no dia 14 de fevereiro.

Somente dois séculos após a sua morte, o Dia de São Valentim foi instituído pelo Papa Gelásio que transformou o padre no símbolo da celebração.

História de SANTO ANTONIO-Santo casamenteiro

Porque Santo Antônio é considerado o protetor dos namorados?

Um dos vários motivos que fazem de Santo Antônio o padroeiro dos apaixonados é porque, mesmo em um tempo onde os casamentos eram transações negociais, ele pregava a importância do amor em seus sermões. 

Santo António (português europeu) ou Antônio (português brasileiro) de Lisboa, também conhecido como Santo António (português europeu) ou Antônio (português brasileiro) de Pádua,(Lisboa, 15 de agosto de 1195? - Pádua, 13 de junho de 1231), de sobrenome incerto mas batizado como Fernando, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII.

Primeiramente pertenceu à Ordem dos Cónegos Regulares da Santa Cruz, que seguiam a Regra de Santo Agostinho, no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica. Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França, retornando posteriormente à Itália, onde encerrou sua carreira. No ano de 1221 fez parte do Capítulo Geral da Ordem em Assis, convocado pelo fundador, Francisco de Assis. Posteriormente, quando sua eloquência e cultura teológica tornaram-se conhecidas, foi nomeado mestre de Teologia em Bolonha, tendo, a seguir, pregado contra os albigenses e valdenses em diversas cidades do norte da Itália e no sul França. Em seguida foi para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.

A sua fama de santidade levou-o a ser canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta e sobretudo como notável orador e grande taumaturgo. 

António é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela coletânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com diversos aspetos das ciências profanas, referenciando-se em autoridades clássicas como Plínio, o Velho, Cícero, Séneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre muitas outras. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica do seu tempo. Lecionou em universidades italianas e francesas e foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos. Hoje é visto como um dos grandes santos do Catolicismo, recebendo larga veneração e sendo o centro de rico folclore.

Santo António é o padroeiro da cidade de Lisboa (São Vicente é o padroeiro do Patriarcado de Lisboa), sendo também o padroeiro secundário de Portugal. É igualmente padroeiro da cidade italiana de Pádua.